Para as religiões tradicionais africanas, a cabeça, chamada de Ori, representa o corpo todo juntamente com tudo que pode ser representado no aiyê, mundo. Nos terreiros de candomblé, Olori, literalmente, senhor(a) do Ori, recebe culto especial. Diz-se que a cabeça é adorada antes mesmo do culto aos orixás. O culto à cabeça é o culto aos antepassados, nossos pais e mães, homens e mulheres que nos antecederam no mundo e hoje estão presentes através de sua descendência. De culto discreto e poucas inovações, as cerimônias dedicadas à cabeça de cada pessoa de forma individual é mantida ainda hoje em alguns terreiros de candomblé onde nota-se visivelmente a influência islâmica. Ori mo fe re é a saudação à Olori. Este também é o nome da coleção que Brasil com Artes através do artista plástico Rodrigo Siqueira acaba de introduzir no mercado. Trata-se da cabeça dos orixás, trabalho influenciado por traços de principes, rainhas, reis, artistas, musicos, sacerdotes e sacertotizas africanos. Misturado a isso, o bom gosto e requinte, principais caracteristica de seus trabalhos. Vale apena conferir.
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