quinta-feira, 26 de agosto de 2010

COLEÇÃO OPAOGODO, ARIAXE, FONTES DA VIDA...

A idéia do mundo como centro, é uma das mais antigas que podem ser encontradas nas variadas civilizações. Nos terreiros de candomblé, influenciados pelas culturas trazidas, ora das regiões subequatorianas dos reinos de Angola e Congo, ora do antigo reino do Dahomé, com os chamados aqui de jejes, ora dos povos islamizados chamados malês, ou simplesmente com os chegados a partir de finais do século XVIII dos reinos de Ketu, Oyo, Oxogbô, Igbadan Ilorin, Ifé e muitos outros denominados aqui de nagô, ela aparece como uma demarcação no centro do barracão, local onde se desenrrola as festas abertas ao público. Essa marcação varia de acordo com a nação ou tradição de cada casa. Podemos assim encontrar desde estrelas de Davi desenhadas no chão, a chifres dependurados. Todavia, a beleza e explendor fica mesmo por conta alguns cetros, erguidos nos barracões. Desta maneira em alguns casos, as timidas pilastras cedem lugar a verdadeiras fontes que fazem ligação entre o aiyê, mundo visivel e o Orun, mundo invisivel. Chamados nestes casos de Ariaxá, Opa ogodo, de pilastra, cetro, cajado, equilibrio, ou simplesmente axé, essa representação cumpre a função de lembrar a comunidade a nescessidade de estamos unidos com o sagrado através de uma coluna, simbolo do equilibrio e da nossa continuidade no Mundo. Nos ultimos anos, a coleção Opagodô, ariaxé, fonte de vida de Brasil com Artes, tem retomado estas idéias após uma exaustiva pesquisa histórica, através da construção de fontes de água que reúne vários elementos de afirmação dos elementos negro africanos, dentre eles, a idéia de axiis mundi, representada por este cajado ritual.

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